quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Moderno Primata



Ando pelas ruas e acho muita coisa sem sentindo
Sem aviso, o homem moderno vira primata
Se mata na selva, sem borracha
A luta aqui é pela caverna
Aonde a vaidade impera
Carros do ano se misturam com pedras
O sapato da moda, e o pé descalço
Maldito primata moderno
Que vive em busca de um chão liso para dormir
Pobres demônios da sociedade
Só sabem o que vem, mas não sabem se é verdade
Vivem sem tempo, sem data nem hora
Já não faz mais diferença o ontem ou o agora
Sabedoria de nada adiantou
Por que no dia da prova ele não se empenhou
Estradas da vida, estradas do tempo
Primata moderno vive no relento
Saber a diferença em viver e sobreviver
É uma dádiva pros que não tem tempo de sofrer
Sobreviver na selva já é difícil
Na selva de pedras é quase impossível
Cantar para evitar a loucura
Mas que sanidade? Tem cura?
Vejo sem sentidos pobres coitados jogados
Esmolando suas vidas por alguns trocados
Que mundo injusto
Se fosse no passado, já tinham queimado esse assunto
Não tem ajuda, o homem moderno ta nas alturas
Não vem o chão, o primata moderno estende a mão
São coisas na vida sem sentido
Ou são apenas coisas que fazem o sentido
Já não sei para que lado o mundo gira
Mas acho que esse lado já não vinga
Primata moderno chama por socorro
O homem moderno abre o poço.

Lud L.

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